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Foto do escritorMaria Júlia Braz

Quero fazer terapia! Como escolher um profissional para me atender?

Atualizado: 11 de nov. de 2023




Que ótimo, você quer começar a fazer terapia!


Basta então encontrar a pessoa que vai te atender.

Você pede indicação àquele amigo que já faz terapia, procura os profissionais disponíveis na sua região, olha um guia de plano de saúde, sites na internet...


Você encontra muitos profissionais, e nota inúmeras subespecialidades ao lado do nome de cada um, várias áreas de atuação que você nem sabia que existiam.


E sai mais confuso do que entrou.


Para te ajudar nessa escolha, vou falar um pouco sobre as abordagens psicoterapêuticas mais comuns, mas mantenha em mente: o mais importante NÃO é a abordagem do profissional que vai te atender.


Nós costumamos agrupar as abordagens psicoterapêuticas em três ‘forças’. São elas:


1. COMPORTAMENTALISMO

2. PSICANÁLISE

3. HUMANISMO-EXISTENCIAL



 

1. COMPORTAMENTALISMO


As correntes comportamentalistas nascem do estudo científico do comportamento humano.


O terapeuta comportamental busca compreender os esquemas mentais de seu paciente, seus padrões de pensamento e comportamento, até chegar a uma crença central da qual derivam suas más adaptações e que possa estar gerando sofrimento.


À partir da compreensão deste padrão comportamental de seu paciente, a tarefa do terapeuta é, portanto, lhe oferecer novas ferramentas, novos hábitos e estímulos, para lidar com seus problemas e sofrimentos cotidianos.



Você vai encontrar como: TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental), Behaviorismo.


Palavra-chave: ciência



 


2. PSICANÁLISE


A psicanálise, criada por Sigmund Freud por volta de 1900, traz como principal inovação a criação do conceito de inconsciente.


O trabalho do psicanalista é ajudar seu paciente a compreender o jogo de forças que ocorre em sua psique (a somatória dos fenômenos conscientes e inconscientes que compõem a mente humana).


O psicanalista deve, portanto, analisar quais defesas aos conteúdos que emergem do inconsciente podem estar causando sofrimento ao seu paciente, ajudando-o a resgatar estes conteúdos e integrá-los em sua personalidade de forma mais saudável.



Você vai encontrar como: Psicanálise Freudiana, Psicanálise Lacaniana, Psicanálise Winnicottiana, Psicologia Analítica Junguiana*.


Palavra-chave: inconsciente



 


3. HUMANISMO-EXISTENCIAL


O humanismo-existencial surge como uma reação aos paradigmas comportamentais e psicanalíticos que dominavam a psicologia da época.


Nesta abordagem, cada sujeito é tomado de forma única. O foco da psicoterapia é a experiência subjetiva do indivíduo e sua capacidade de autodeterminação e crescimento pessoal.


O trabalho do terapeuta humanista-existencial é criar um ambiente seguro e empático, que possa ajudar o cliente a entender suas emoções e necessidades, com o objetivo de ajudá-lo a construir um sentido para sua vida e se responsabilizar por sua existência.



Você vai encontrar como: Gestalt Terapia, Logoterapia, Análise Existencial, Abordagem Centrada na Pessoa, Fenomenologia e Hermenêutica.


Palavra-chave: filosofia



 


Pronto!


Agora você sabe um pouco mais sobre como funciona cada abordagem da psicoterapia.

Mas, como eu falei, a abordagem não é o mais importante na hora de escolher o seu terapeuta.

O que é, então?



O mais importante para que o processo de psicoterapia tenha resultados positivos é o VÍNCULO que você e seu terapeuta formarão.


É esse vínculo, essa sensação de segurança e confiança que vocês construirão juntos que fará com que a terapia funcione.


E, se você não se sentir vinculado ao seu terapeuta de cara, não se preocupe. Nas primeiras sessões você pode até sentir que está conversando com um amigo, não entender o que você está fazendo ali... É assim mesmo!


Durante um tempo, até alguns meses, vocês precisam se conhecer. Afinal, como seu terapeuta vai te ajudar se ainda não te conhece? Dê tempo ao tempo.


Mas, se a sensação de que aquela pessoa do outro lado não te compreende persistir, pode ser hora de partir para outra.


Acontece, não desista!



 


Algumas considerações finais: ao escolher seu terapeuta, eu recomendo que você evite os profissionais que misturem a psicoterapia com outras áreas.


Por exemplo: um terapeuta que use religião ou esoterismo na sua prática.


Você pode acreditar nessas coisas, claro! Mas o ambiente da terapia tem que ser o mais livre possível.


Não é legal que você esteja submetido a um conjunto de crenças, qualquer que seja ele. A ideia é que você tenha liberdade absoluta para se expressar.


Gostou da matéria? Compartilhe e continue acompanhando o nosso blog para ficar por dentro das novidades, e até a próxima!


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Maria Júlia Braz - Psicoterapeuta (11) 99317-7217 | mariajuliabrazcontato@gmail.com

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