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Foto do escritorMaria Júlia Braz

O sacrifício do ideal: uma ligação entre autoaceitação e vazio existencial

Atualizado: 11 de nov. de 2023



Autoaceitação e vazio existencial

Muitas vezes na vida olhamos para nós mesmos e nos sentimos descontentes com aquilo que vemos. Ficamos infelizes ao compararmos o que somos com o que poderíamos ser.


A essa frustração, comumente chamamos de ‘baixa autoestima’. Ela acontece quando não conseguimos viver de acordo com aquilo que estabelecemos como ideal.



 


1- A ARMADILHA DA AUTOACEITAÇÃO RADICAL


Sentir-se insatisfeito consigo mesmo, e incapaz de mudar, é um sentimento profundamente desagradável, do qual tentamos fugir assim que possível.


E, o antídoto para a baixa autoestima que encontramos mais frequentemente por aí, se condensa em um mandamento simples: temos que nos aceitar como somos.


Acreditando que estamos nos fazendo um bem, sacrificamos nosso ideal, para que não soframos a frustração de não tê-lo alcançado.


Mas a radicalização da autoaceitação cria um problema (talvez) maior do que a frustração: o vazio. Pois um ideal é uma direção para qual miramos. Sem ele, ficamos à deriva.




2- O EQUILÍBRIO ENTRE ACEITAÇÃO E CRESCIMENTO


Não é saudável nos odiarmos, mas também não é preferível que nos aceitemos a ponto de acharmos que não precisamos melhorar em nada. O ideal não pode ser tirânico, mas também não pode deixar de existir completamente.


Um ideal saudável é aquele que aparece para nós de maneira serena e sensata; que desperta esperança e não desespero.


Assim, quando tivermos o impulso de sacrificar nosso ideal, como uma criança que diz “eu não queria mesmo” diante da frustração, podemos dar uma resposta mais adequada.


Podemos afrouxar, recalibrar, reajustar nossos ideais sem abandoná-los, aceitando que sempre existirá uma lacuna entre o que somos e o que gostaríamos de ser.


A aceitação recai não sobre o que somos no presente, mas sobre o fato de que nunca seremos perfeitos.


Não podemos nos livrar desse espaço que guardamos entre o eu e o desejo, pois ele constitui aquilo que é propriamente humano.


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Maria Júlia Braz - Psicoterapeuta (11) 99317-7217 | mariajuliabrazcontato@gmail.com


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